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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ainda John Mill , Alexandre Morais da Rosa e Piauí


Desculpem, voltar a falar no filósofo inglês, em tão pouco tempo. Mas, os fatos se sucedem e aqui estamos. É só uma citação dele e após uma transcrição de um texto do escritor e juiz Alexandre Morais da Rosa. Os dois não concordam em tudo, mas neste ponto, parece-me que há convergência.

O Piauí? Na verdade é a Piauí. Alguém já leu a matéria daquela revista, que fala sobre os costumes do STF? Chama-se "Data venia, o Supremo". Quem não leu, é bom começar. Especialmente para ver o ridículo e medieval do formalismo.

"Pois se o teste for o facto de aqueles cuja opinião é atacada ficarem ofendidos, penso que a experiência demonstra que haverá uma ofensa sempre que o ataque for eficaz e poderoso, e que qualquer oponente que puxe muito por eles (e a quem eles tenham dificuldade em responder) lhes parecerá imoderado, bastando para tal que demonstre um sentimento forte sobre o assunto"

( John Mill. Sobre a Liberdade, Edições 70. Tradução pedro Madeira, 2006. p.101)

Agora, Alexandre Morais da Rosa. O original está aqui.

"Crítica Branda e Politicamente Correta.

No cenário jurídico brasileiro é um pecado dizer que o sujeito não está certo. Se o cara não fala um monte de "data vênia", que Vossa Excelência está equivocado, enfim, sem ser politicamente correto, os narizes se torcem, as pessoas não aceitam a crítica. Uma crítica branda, cheia de fru-fru é um dos motivos desta fraude da Jurisdição. A crítica precisa arder. Mostrar que os fundamentos (ou pseudo) são frágeis, equivocados, errados, até mesmo decorrentes de "anafalbetismo funcional". Fico impressionado com as respostas de gente que "fica de mal", se acha "ofendido", enfim, quer "carinho crítico". QUer se diga assim: não querido, vc poderia pensar diferente. Quem sabe se vc pensar assim, assim.... Não compartilho deste modo de pensar. É preciso "dar nos dedos" para que o sujeito, acima de tudo, vá estudar!!!!!!!!!!!!! Embora eu não acredite que vá. Ele irá se fazer de vítima, ganhando afagos de outros iguais. Confundem alteridade com condescendência."

Sobre a matéria da Piauí, eu vou escrever mais depois. Principalmente, porque no novo número da revista, haverá continuação. Até lá.

Um comentário:

  1. Impressionante como, além de falar "bonito", os caras dão uma volta retada pra dizer uma coisa. Sempre achei que os homens do direito tinham que tomar aula de jornalismo. Em toda sentença que eu leio, o que interessa está nas últimas linhas.

    Alexandre Wildis

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