Poema-desabafo de autoria de Angélica Coelho de Oliveira, Defensora Pública da comarca de Brumado, no interior da Bahia, que resume bem a dor de exercer essa profissão e ver os estados sem nenhuma vontade política para mudar o quadro.
"Defensoria
Trinta assistidos por dia,
Essa é a média de atendimentos.
Assuntos? os mais diversos:
divórcios, cobranças, despejo,
possessórias de todo tipo,
e como não podia deixar de ser,
o velho pleito de alimentos.
Não conto com estagiário,
Tampouco com secretário,
Ainda faço audiências, dou cientes,
Elaboro petições,
Produzo réplicas e também contestações.
A tudo isso se soma,
a parte administrativa:
Ofícios, correspondências,
processos, Correios, água,
a limpeza, o cafezinho...
Ufa! Ainda bem que sou ativa.
Não há espaço,
A impressora emperra,
Leva dias pra consertar.
Falta privacidade ao povo,
pra sua história contar.
O assistido clama, grita
e às vezes até xinga,
mas nada disso adianta,
não há pra quem reclamar, reivindicar, suplicar.
Voce é Defensor! Pior, no interior.
Ainda não se acostumou?
Tem mais é que se virar!"
divórcios, cobranças, despejo,
possessórias de todo tipo,
e como não podia deixar de ser,
o velho pleito de alimentos.
Não conto com estagiário,
Tampouco com secretário,
Ainda faço audiências, dou cientes,
Elaboro petições,
Produzo réplicas e também contestações.
A tudo isso se soma,
a parte administrativa:
Ofícios, correspondências,
processos, Correios, água,
a limpeza, o cafezinho...
Ufa! Ainda bem que sou ativa.
Não há espaço,
A impressora emperra,
Leva dias pra consertar.
Falta privacidade ao povo,
pra sua história contar.
O assistido clama, grita
e às vezes até xinga,
mas nada disso adianta,
não há pra quem reclamar, reivindicar, suplicar.
Voce é Defensor! Pior, no interior.
Ainda não se acostumou?
Tem mais é que se virar!"
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